Muitas decisões financeiras que os cristãos tomam são motivadas por medo do futuro e não por confiança em Deus e em sua provisão. Este medo do futuro leva as famílias cristãs a economizar e sacrificar para a aposentadoria ou, “por via das dúvidas”, para os estrondos financeiros mundiais, com pouco ou quase nenhum pensamento de que Deus pode cuidar deles se eles colocarem no Senhor sua fé completa.
Isto não significa que não devamos planejar para o futuro, fazermos provisão para a aposentadoria, ou mantermos uma conta de reserva para emergência. Estas coisas são todas necessárias para assegurar a estabilidade financeira da família.
Porém, se um cristão concluir que atitudes primárias de medo e preocupação estão motivando suas decisões financeiras, é necessário reavaliar suas prioridades financeiras e reenfatizar seu compromisso de confiar em Deus.
Roubando a Deus
Muitas famílias cristãs, motivadas por medo de seu futuro financeiro, reduzirão seus dízimos e ofertas como um primeiro passo na tentativa de alcançarem a estabilidade financeira. Honrar o mandato de Deus para dizimar os primeiros frutos de nossa renda e manter nossas ofertas a Deus é [um modo de assegurarmos] que não seremos vitimados por um revés financeiro.
Este voto não só inclui nosso dízimo, mas também qualquer outro compromisso financeiro que fizemos a Deus na forma de um voto: apoio financeiro a missões, beneficência, e assim por diante.
Se o compromisso for feito como uma promessa de fé, esta dádiva está sujeita à provisão de Deus, assim os cristãos não deveriam se sentir obrigados a dar além do dízimo até que Deus providencie os fundos. Porém, se o compromisso era um voto para dar, esses votos devem ser honrados.
A retenção de compromissos financeiros feitos a Deus, quando argumentamos auto proteção contra potenciais sofrimentos financeiros futuros, custará nossa segurança financeira, ao invés de assegurá-la, simplesmente porque é improvável que as bênçãos de Deus estejam sobre as pessoas que adotam tal postura.
A Fé Conquista o Medo
O oposto de medo é fé. Em Hebreus, a fé é descrita como a certeza das coisas que esperamos e das coisas que não temos agora (Hb 11.1). É plano de Deus que tenhamos algumas necessidades para que possamos desenvolver nossa fé Nele. É vital que vejamos essas potenciais necessidades financeiras futuras como oportunidades para exercitar e desenvolver nossa fé.
Nenhum cristão pode servir a Deus verdadeiramente e viver com medo de perdas financeiras. Em Mateus 6.24, Cristo foi muito específico quando disse que temos que fazer uma escolha. Temos que servir a Deus ou ao dinheiro. Não podemos servir a ambos.
Se formos medrosos sobre nosso futuro financeiro, não estamos confiando em Deus ou na provisão dele. Em essência, estamos escolhendo servir ao medo da perda financeira, em lugar de servir a Deus, que conquistou todo o medo e tem o futuro em suas mãos.
Posso Confiar em Deus?
Vivemos em uma sociedade materialista, onde as prioridades geralmente são baseadas naquilo que queremos e desejamos, em lugar das necessidades. Como tal, nossa perspectiva do que é de fato uma necessidade é influenciada pelo que nossa sociedade materialista determina como necessidade.
Assim, somos tomados de pressa furiosa para nos proteger contra qualquer crise futura que potencialmente possa ameaçar estas necessidades definidas pela sociedade. Embora Deus prometeu que Ele sempre proverá para as nossas necessidades, Ele não prometeu que providenciará para todos os desejos que nossa sociedade determinou como necessidades.
Então, embora nós peçamos em sinceridade para Deus honrar nosso pedido e dizer que sim para prover o dinheiro para consertar nosso segundo carro, para o micro-ondas, ou para a lavadora de louça automática, sua resposta pode muito bem ser um não, de forma que possamos aprender a sermos maduros e aprender a confiarmos completamente Nele.
Só porque esperamos uma resposta de Deus que sentimos será uma resposta positiva para nossa situação, Ele pode escolher não responder do modo que queremos ou esperamos. São as seguintes as razões pelas quais Deus pode não responder do modo que queremos que Ele responda:
- Pedimos pelos motivos errados (Tg 4.3).
- Não é o tempo certo, de acordo com a vontade de Deus (Lc 11.3-10).
- Pode ser contrário ao plano global de Deus (At 21.13-14).
- Devemos servir a Deus, e não esperar que Ele nos sirva (Jó 41.11).
Como Posso Confiar em Deus?
Há quatro passos que temos que seguir para assegurar que podemos confiar em Deus completamente em relação ao presente e ao futuro:
- Encontre a direção de Deus para sua vida. A maioria das frustrações experimentadas por cristãos vem como resultado de adotar padrões de outras pessoas em lugar de achar, através da oração e estudo, a direção de Deus para suas vidas.
- Faça um esforço consciente de confiar em Deus. Coloque os pensamentos, palavras, e compromissos em ação e não compre a crédito ou acumule. Espere pela provisão de Deus, e planeje à frente.
- Desenvolva uma visão de longo prazo. Confie na direção de Deus e em sua orientação, embora não possamos ver o resultado final ou entender por que Ele está fazendo isto deste modo (Mt 6.34).
- Ore diligentemente. A oração é a chave para as bênçãos de Deus, seu poder e sua direção (1Ts 5.17-18).
Conclusão
Embora sejamos bombardeados diariamente com dúvidas relativas ao futuro financeiro da economia de nossa nação e da economia do mundo, não devemos duvidar de que Deus esteja no total e completo controle. Não se apavore e não seja controlado pelo medo do futuro. Mantenha seus compromissos e votos a Deus, ore sem cessar, e confie Nele sem nenhuma reserva.
Artigo publicado por Crown Financial Ministries.